sábado, 25 de setembro de 2010



L. 

Chega um momento em que todas as paredes ao seu redor começam a desmoronar, uma a uma, te dando tempo e o trabalho de construí-las de novo antes que outra parede, ou esta, caia de novo. Mais e se todas as paredes ao seu redor começassem a desabar de uma vez? O que faríamos? Chamaríamos os amigos, pra nos ajudar a reconstruir tudo e reforçar ainda mais nossa base, porque os amigos são isso, eles nos ajudam quando nós precisamos e estão sempre dispostos a ajudar. E você estava lá quando eu precisei de ajuda, e agora eu estou aqui, porque você precisa de ajuda; e saiba: eu não vou sair, nem que 1milhão de pessoas derrubem as paredes que construímos juntas. Não vai ser mais uma comparação inútil sobre os problemas que temos que vão te fazer entender o quanto você se tornou importante pra mim, mais o que importa mesmo é que você saiba que eu to aqui e não vou sair! Um dia todas as pessoas acordam com olhos diferentes e passam a enxergar o mundo com os mesmos, e eu só espero que eles não enxerguem tarde demais. Eu sempre disse que o tempo é o melhor remédio, e que um dia a vida vai te mostrar uma resposta, e eu só costumo acreditar nisso pra ainda parecer ter esperanças de que no fim tudo vai dar certo, e que se não deu certo ainda é porque não chegou ao fim, mais nem sempre é assim. Às vezes temos que perder pra dar valor, ver pra acreditar e machucar pra aprender a cuidar. E um dia, eles vão perder e aprender muito ainda. Aprender que existe uma enorme diferença entre cuidar de uma pessoa e cuidar da vida dela. Eu te amo e nunca vou sair do seu lado, nem quando todas as paredes desabarem, e até o chão tremer sobre os seus pés! Eu vou estar aqui, com minhas ferramentas e o meu coração, pronta pra te ajudar, sempre!

Abraços, de sua amiga S.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

 
A.
 
Ok, eu sei que tinha dito que aquela seria a última carta, mais tudo muda quando as ideias mudam. Bom, não sei exatamente porque estou escrevendo, talvez porque na última carta eu estava decidida a dar um fim a tudo e nada terminou. Alias, eu acho que isso ainda vai demorar terminar. E isso é ruim. Não por não ter fim, eu não quero que tenha, mais por também não ter nada além de uma história incompleta e mal resolvida. Ruim, por saber que vou continuar me machucando mesmo tendo consciência disso. Ruim, por saber que nunca vai passar de mais um caso estranho e mal acabado. Ruim por ter que sorrir me contentando com simples beijos apressados mesmo que minha alma chore por nunca haver nada além disso. Beijos, que qualquer uma poderia te dar. Ruim, porque dói saber que eu poderia te fazer feliz e por não saber ao certo o motivo de nunca termos ficado juntos. Ou talvez eu saiba. Já brigamos tanto, falamos tantas coisas e mesmo apesar de tudo ainda continuamos do mesmo jeito. Na mesma história confusa e mal resolvida. Muitas vezes me pergunto até quando ficaremos assim. Só espero do fundo do meu coração machucado que o motivo de tudo não seja medo. Porque na verdade sempre vamos nos machucar, só dói menos saber que pelo menos tentamos viver, e não deixamos passar nenhum dos momentos bons que poderíamos levar, e sempre vão haver alguns momentos bons. Não precisa ser assim, eu não vou te machucar, não vou te fazer sofrer e eu ainda acredito em pra sempre. Talvez não agora, mais se tentarmos poderíamos nos encontrar em um pra sempre perdido carregado pro futuro em meio ao nada da esperança. Esperança. Eu ainda tenho esperança, de que um dia vamos ser felizes juntos, num futuro próximo e incerto que precisamos alcançar lutando.
E eu posso perder meu tempo, meu sono, meu coração e todo o meu amor lutando por você, desde que no fim, ainda haja esperança. Esperança e papeis manchados.
 
Com amor e muito sentimento, S.