domingo, 22 de agosto de 2010

D.
A algumas semanas atrás acordei disposta a esquecer você,  apaguei do meu dia a dia tudo aquilo me fazia lembrar de todos aqueles momentos. Eu estava indo bem, até agora. Tinha me esquecido que não poderia apagar a pessoa que mais me lembrava você, por mais que eu queira, não conseguiria. Não posso apagar todas as pessoas com quem convivo maior parte dos meus dias, porque de alguma maneira, mesmo quando as vir de longe, as lembranças vão voltar como um jato; todas aquelas lembranças que eu luto pra apagar vão passar repetidas vezes pela minha cabeça. Vai ser sempre assim, eu vou lutar pra esquecer e no outro dia quando acordar de manhã ela vai estar lá, com seu cheiro, suas histórias, seus pedaços e as minhas lembranças. Obrigada por ter feito parte da minha vida de alguma maneira, mais estou colocando nesse envelope toda a alegria que se multiplicou em um grande nada que você me fez sentir; todas as suas promessas e toda a certeza que eu devia ter tido de nunca poder esperar nada de você.
Com ressentimentos, S.

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